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Uso de anabolizantes pode causar hipertrofia de clitóris, explica ginecologista

Uso de anabolizantes pode causar hipertrofia de clitóris, explica ginecologista

A especialista detalha porque ocorre o aumento do órgão feminino e quais são os meios de tratamento

A hipertrofia do clitóris, também conhecida como clitoromegalia, é uma condição que afeta um número significativo de mulheres em todo o mundo. O órgão, que habitualmente mede entre 3,7 e 10 mm, torna-se aumentado, levando a desconforto físico e trazendo alguns desafios emocionais para estas mulheres. De acordo com a Dra. Dulce Cristina Pereira Henriques, médica ginecologista especialista em laserterapia e cirurgia íntima no Instituto Gris, em alguns casos o aumento de tamanho do clitóris é fisiológico, porém, a maioria aumenta de tamanho pelo uso de medicações anabolizantes.

Causas da hipertrofia de clitóris

A hipertrofia de clitóris pode ter várias causas, incluindo alterações genéticas detectáveis desde o nascimento, produção aumentada de hormônios masculinos (androgênios), hiperplasia da glândula suprarrenal, uso de anabolizantes, exposição a hormônios durante a gestação, alterações hormonais diversas, tumores que elevam a produção de hormônios masculinos, síndrome dos ovários policísticos em casos extremos, ou até mesmo pode ocorrer sem fatores definidos.

Com a crescente busca pela estética do fisiculturismo, as mulheres acabam por utilizar drogas androgênicas de forma contínua, ou mesmo em pulsos, desconhecendo seus efeitos colaterais. As drogas derivadas de hormônios masculinos melhoram a forma física, a massa magra, aumentam a disposição e trazem uma boa definição corporal. No entanto, os efeitos colaterais como pele oleosa, acne, engrossamento da voz e hipertrofia do clitóris de forma irreversível são pouco discutidos antes do uso.

Desafios no diagnóstico e tratamento

Dulce destaca que muitas pacientes enfrentam dificuldades no diagnóstico e tratamento da hipertrofia de clitóris. Ela enfatiza que a falta de acesso a profissionais capacitados para tratar o problema pode levar as mulheres a acreditarem que não há solução.

“Muitas vezes, quando as pacientes discutem o assunto com ginecologistas, são desencorajadas a buscar ajuda, pois alguns médicos acreditam que qualquer intervenção cirúrgica no clitóris pode resultar na perda de sensibilidade”, afirma a doutora, que também esclarece que essa percepção é equivocada e que as pacientes não devem desistir de encontrar uma solução para a hipertrofia de clitóris.

Estatísticas e tratamento

De acordo com a médica, cerca de 30% das mulheres têm uma hipertrofia de clitóris considerada fisiológica, ou seja, presente desde a infância, antes mesmo da atividade sexual. O uso de anabolizantes e hormônios androgênicos sintéticos pode agravar esse problema, causando aumento significativo no tamanho do órgão.

O tratamento envolve a suspensão do uso dessas substâncias. No entanto, se a hipertrofia persistir, a cirurgia é a única opção. A escolha da técnica cirúrgica é adaptada ao tipo específico de clitóris da paciente e visa reduzir o tamanho e proporcionar uma aparência mais natural à genitália.

Diferencial da técnica cirúrgica inovadora

A Dra. Dulce explica que sua abordagem cirúrgica inovadora considera a individualidade de cada paciente. Ela adapta a cirurgia de acordo com o tipo de hipertrofia, seja no comprimento do corpo ou da glande do clitóris. Dois métodos principais são utilizados: a pexia, que ancora o corpo clitoridiano e encurta seu comprimento e a clitorectomia, que retira parte do corpo cavernoso, excluindo definitivamente um segmento dele, encurtando assim seu comprimento. Ambas as técnicas geralmente são complementadas por redução da glande. A médica enfatiza que a preservação dos vasos e nervos minimiza o risco de perda de sensibilidade, permitindo que as pacientes recuperem sua autoestima e felicidade consigo mesmas.

“A hipertrofia de clitóris é uma condição que afeta muitas mulheres e a busca por tratamento é uma questão de saúde e bem-estar, tanto física quanto emocional. Com a orientação adequada e opções cirúrgicas personalizadas, as mulheres podem enfrentar essa condição com confiança e esperança, recuperando sua autoimagem e qualidade de vida”, descreve a doutora, ao ressaltar que oferece uma abordagem especializada para ajudar as pacientes a superarem esses desafios.

Com o objetivo de difundir a excelência técnica em procedimentos clitoridianos, a médica ministrou entre os dias 1 e 2 de setembro um curso focado no tratamento de condições associadas ao clitóris e capuz. O curso de extensão é realizado pelo Gris for Doctors, o braço do Instituto Gris voltado para a capacitação de profissionais em diversas áreas da saúde feminina.

O curso de tratamento do compartimento anterior, clitóris e capuz, abordou a hipertrofia clitoridiana | Foto: Maria Letícia de Araújo

“Por meio dos cursos de aperfeiçoamento profissional, garantimos cada vez mais a presença de médicos qualificados para atuar com a intimidade feminina, o que complementa a missão do Instituto Gris para que a saúde e o conforto das mulheres sejam alcançados de maneira efetiva”, finaliza Dulce.

Instituto Gris

O Instituto Gris tem como compromisso priorizar o bem-estar e a saúde feminina. Sediado em Curitiba, o Centro Clínico Ginecológico, agrega as mais avançadas tecnologias para o cuidado íntimo feminino. Seu enfoque abrangente e especializado combina inovação e dedicação, ajudando mulheres a assumirem o protagonismo em suas jornadas de saúde.

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